O filme foi uma adaptação de um conto famoso de Thomas Mann, um escritor alemão do começo do século XX, eu li o conto e vi o filme, ambos são maravilhosos, e pode-se dizer que a visão de Luchino da história foi excelente, apesar de que, o Tadzio da ficção e o Tadzio da vida real não poderiam ser mais diferentes, Luchino também tomou certas liberdades com o projeto, por exemplo, trocou a profissão do professor Aschenbach, que de escritor passou a ser um músico, e aumentou a idade do personagem principal por causa de Bjorn Andressen que tinha quatorze anos e era alto para a idade, mas fez um trabalho magnífico, a escolha de Bjorn Andressen para o papel principal não poderia ter sido melhor, até hoje nunca vi tamanha beleza em um menino, falando é claro de uma beleza clássica, do tipo que se observa em obras de grandes pintores, como Michelangelo, Da Vinci entre outros.
Mas em se tratando de Visconti não é de se estranhar, em outro momento posto algo sobre ele.
Sobre esse filme posso dizer que ele fala sobre beleza, simplesmente isso, fala sobre uma beleza que não pode ser criada pelo homem e sim meramente reproduzida.
Recomendo este filme para pessoas sensíveis que tem maior compreensão da obra de Mann, afinal o conteúdo do livro é interessantíssimo, e até hoje este autor é amplamente discutido em rodas literárias (de países europeus), esta é uma obra que trata de assuntos por assim dizer mais elevados, mentes limitadas podem assistir esse filme e pensar que se trata de pedofilia e homossexualismo, quando na realidade não tem nada a ver com isso...
Para quem gosta de cinema europeu e nunca viu nenhum filme de Visconti, Morte em Veneza é sem dúvida um ótimo começo.
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